domingo, 17 de junho de 2012

A TRAGETÓRIA DO HIP HOP





O hip-hop emergiu em meados da década de 1970 nos subúrbios negros e latinos de Nova Iorque. Estes subúrbios, verdadeiros guetos, enfrentavam diversos problemas de ordem social como pobreza, violência, racismo, tráfico de drogas, carência de infra-estrutura e de educação, entre outros. Os jovens encontravam na rua o único espaço de lazer, e geralmente entravam num sistema de gangues, as quais se confrontavam de maneira violenta na luta pelo domínio territorial. 


As gangues funcionavam como um sistema opressor dentro das próprias periferias - quem fazia parte de algumas das gangues, ou quem estava de fora, sempre conhecia os territórios e as regras impostas por elas,devendo segui-las rigidamente.


Esses bairros eram essencialmente habitados por imigrantes do Caribe, vindos principalmente da Jamaica. Por lá existiam festas de rua com equipamentos sonoros ou carros de som muito possantes chamados de Sound System (carros equipados com equipamentos de som, parecidos com trios elétricos). 


Os Sound System foram levados para o Bronx, um dos bairros de Nova Iorque de maioria negra, pelo DJ Kool Herc, que com doze anos migrou para os Estados Unidos com sua família.


 Foi Herc quem introduziu o Toast (modo de cantar com levadas bem fraseadas e rimas bem feitas, muitas vezes bem politizadas e outras banais e sexuais, cantadas em cima de reggae instrumental), que daria origem ao rap.


Neste contexto, nasciam diferentes manifestações artísticas de rua, formas próprias, dos jovens ligados àquele movimento, de se fazer música, dança, poesia e pintura. Os DJs Afrika Bambaataa, Kool Herc e Grand Master Flash, GrandWizard Theodore, GrandMixer DST (hoje DXT), Holywood e Pete Jones, entre outros, observaram e participaram destas expressões de rua, e começaram a organizar festas nas quais estas manifestações tinham espaço - assim nasceram as Block Parties.


As gangues foram encontrando naquelas novas formas de arte uma maneira de canalizar a violência em que viviam submersas, e passaram a freqüentar as festas e dançar break, competir com passos de dança e não mais com armas. Essa foi a proposta de Afrika Bambaataa, considerado hoje o padrinho da cultura hip-hop, o idealizador da junção dos elementos, criador do termo hip-hop e por anos tido como "master of records" (mestre dos discos), por sua vasta coleção de discos de vinil.


DJ Hollywood foi um DJ de grande importância para o movimento. Apesar de tocar ritmos mais pop como a discoteca, foi o primeiro a introduzir em suas festas MCs que animavam com rimas e frases que deram início ao rap. Os MCs passaram a fazer discursos rimados sobre a comunidade, à festa e outros aspectos da vida cotidiana. 


Taki 183, o grande mestre do Pixo, fez uma revolução em Nova Iorque ao lançar suas "Tags" (assinaturas) por toda cidade, sendo noticiado até no New York Times à época. Depois dele vieram Blade, Zephyr, Seen, Dondi, Futura 2000, Lady Pink, Phase 2, entre outros.


Em 12 de novembro de 1973 foi criada a primeira organização que tinha em seus interesses o hip hop, cuja sede estava situada no bairro do Bronx. A Zulu Nation tem como objetivo acabar com os vários problemas dos jovens dos subúrbios, especialmente a violência. Começaram a organizar "batalhas" não violentas entre gangues com um objetivo pacificador. As batalhas consistiam em uma competição artística.


Entre as diferentes manifestações artísticas do movimento hip hop, a música se insere como papel primordial para inúmeras variações existentes em nossos dias. Além dos DJs, MCs, das mixagens e do Rap, a bateria eletrônica e os sintetizadores complementaram o âmbito das discotecas. Tudo começou quando Afrika Bambaataa resolveu criar uma batida base para suas músicas inspirando-se num álbum do grupo musical criador do estilo techno, Kraftwerk. 


O sucesso foi de imediato com a música "Planet Rock", fazendo de sua batida eletrônica a mais copiada para composição de muitas outras músicas. Surgia o eletrofunk, que por sua vez derivou-se em muitos outros estilos, como por exemplo, o miami bass e o freestyle.A origem e as raízes da cultura Hip-Hop estão contidas no sul do Bronx em Nova Iorque (EUA). A idéia básica desta cultura era e ainda é: haver uma disputa com criatividade. Não com armas; uma batalha de diferentes (e melhores) estilos, para transformar a violência insensata em energia positiva.


BASQUIAT

Jean-Michel Basquiat nasceu em Nova Iorque em 22 de Dezembro de 1960. Filho de Gerard (Haiti) e de Matilde (Porto-Rico). Desde cedo teve problemas familiares, devido ao divórcio dos pais, acabando por fugir várias vezes de casa. 
Em 1977 entra numa escola para crianças dotadas com dificuldades de integração. Lá conhece Diaz e com ele inventam a figura SAMO, assinatura que usavam para espalhar as suas obras pelas paredes da cidade. Em 1979 "SAMO morreu", após um conflito entre Basquiat e Diaz.
Depois de viver durante algum tempo na rua, vivendo das suas pinturas para ganhar algum dinheiro, Basquiat começa a aparecer num programa da TV por cabo após conhecer Glenn O'Brien. Isto permitiu-lhe maior fama, sendo convidado a participar num filme (Downtown 81), investindo o dinheiro do filme em materiais para pintar.
Em 1982 realiza a primeira exposição intitula da Anatomia. Nesse mesmo ano conhece Andy Warhol, e a partir daqui os dois partilham uma série de trabalhos e bases teóricas, participando em diversas exposições juntos.
Com a morte de Andy Warhol, em 1987, Basquiat fica inconsulável e sua carreira entra em declínio. O consumo de drogas leva-o a uma trágica morte por overdose. É enterrado em Brooklyn a 17 de Agosto de 1938.

MV BILL.

Alex Pereira Barbosa (Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 1974), mais conhecido pelo nome artístico MV Bill, é um rapper e escritorbrasileiro. Iniciou a carreira na música em 1988, quando começou a escrever sambas-enredo para seu pai, sendo que em 1993 fez sua primeira participação em um disco oficial.[1] Seu primeiro álbum foi lançado em 1999 sob o título de Traficando Informação, que contou com a faixa "Soldado do Morro", que fez MV Bill ser acusado de apologia ao crime.[2] Três anos depois, gravou o segundo trabalho, chamado Declaração de Guerra, com participações de artistas como Charlie Brown Jr. e Nega Gizza. Sua discografia ainda abrange outros dois álbuns, Falcão, O Bagulho é Doido, de 2006, e Causa e Efeito, de 2010.[3] Ainda, lançou um disco de vídeo em 2009, intitulado Despacho Urbano.
Paralelamente à carreira de rapper, MV Bill lançou em 2005, junto com Celso Athayde, o livro Cabeça de Porco. No ano seguinte,Falcão - Meninos do Tráfico, disponibilizado em livro e DVD, que tornou-se conhecido nacionalmente após exibição no programaFantástico, da Rede Globo. O documentário conta a história de dezessete jovens que se envolveram com o tráfico de drogas, onde somente um sobreviveu. Durante as filmagens, Bill chegou a ser detido e preso por policiais.[4] Uma sequência desse material foi lançada em 2007, sob o nome Falcão - Mulheres e o Tráfico.
MV Bill também atua como ativista social, tendo criado junto com Celso Athayde a organização não-governamental Central Única das Favelas (CUFA), presente em todos os estados do Brasil. Acompanhada da CUFA, veio o Festival Hutúz e consequentemente oPrêmio Hutúz, que enquanto existiu, foi considerado o maior do gênero na América Latina.[1] Em 2009 participou das filmagens do filme Sonhos Roubados e, no ano seguinte, passou a integrar o elenco da 18ª temporada da telenovela Malhação, exibida pela Rede Globo, como o persongem Antônio.[5] Apresenta o programa Aglomerado na TV Brasil.

THAÍDE E DJ HUM.

    Thaíde & DJ Hum, nome artístico de Thaíde (Altair Gonçalves) e DJ Hum (Humberto Martins), são uma dupla musical brasileira. Se conheceram numa festa em São Paulo, na década de 1980.
Humberto era DJ e Thaíde dançava break. O primeiro trabalho dos dois foi lançado na coletânea "Hip-Hop Cultura de Rua" (1988), que continha as faixas "Corpo Fechado" e "Homens da Lei". A partir daí, foram marcando seus nomes na cena do hip-hop brasileiro e lançaram vários outros discos.
Hoje em dia, a dupla se apresenta em diversos lugares, boatesperiferia, e ministram cursos de DJ e de rap. Thaíde fazia parte do grupo Academia Brasileira de Rimas.

[editar]Discografia

Coletânea
Albuns

[editar]Prêmios

AnoPrêmioCategoriaRef
2000Prêmio HutúzGrupo ou Artista Solo[1]

O FAMOSO EMICIDA.

                                        Leandro Roque de Oliveira (São Paulo, 17 de agosto de 1985), mais conhecido pelo seu nome artístico Emicida é um rapper,repórter e produtor musical brasileiro. É considerado uma das maiores revelações do hip hop do Brasil nos últimos anos.[1] O nome "Emicida" é uma fusão das palavras "MC" e "homicida". Por causa de suas constantes vitórias nas batalhas de improvisação, seus amigos começaram a falar que Leandro era um "assassino", e que "matava" os adversários através das rimas.[2][3] Mais tarde, orapper criou também uma conotação de sigla para o nome: E.M.I.C.I.D.A (Enquanto Minha Imaginação Compor Insanidades Domino a Arte).[3] As suas apresentações ao vivo são acompanhadas do DJ Nyack nos instrumentais.
A primeira aparição do rapper na mídia - fora as batalhas de improvisação - foi o single "Triunfo", acompanhado de um videoclipe com mais de 2 milhões de visualizações no YouTube.[4] Emicida lançou seu trabalho de estreia em 2009, uma mixtape de vinte e cinco faixas intitulada, a Pra quem já Mordeu um Cachorro por Comida, até que eu Cheguei Longe..., pela gravadora independenteLaboratório Fantasma. Em fevereiro de 2010, seu segundo trabalho veio em formato de EP com o título Sua Mina Ouve Meu Rep Tamém. Em 15 de setembro do mesmo ano, foi lançada a também mixtape Emicídio, adjunta a um single homônimo.[5] Além de ser cantor, Emicida atua como repórter nos programas Manos e Minas, da TV Cultura e no sangue B da MTV .[6]

O GRANDE NELSON TRIUNFU

Foi criado em sítio até os 16 anos, quando foi morar sozinho em Paulo Afonso (Bahia), para estudar e trabalhar. Já era apaixonado por música e dança, mas foi lá que conheceu a música de James Brown, que mudaria sua vida, e formou sua primeira equipe de dança, chamada Os Invertebrados.
Depois de residir três anos na Bahia e mais três no Distrito Federal, mudou-se para São Paulo em 1977, com o sonho de viver da dança. No mesmo ano, fez amizade com Tony Tornado, gravou uma música com Miguel de Deus no disco “Black Soul Brothers” (pérola do original funk brasileiro) e formou uma equipe com o mesmo nome deste disco, que logo mudou de nome para Funk & Cia. Rapidamente, tornou-se destaque nos principais shows e bailes black do Brasil. Na época, algumas pessoas ainda o conheciam como Homem-Árvore, devido à enorme cabeleira black power.
Em 1983, influenciado pelos primeiros passos de breaking que chegavam à mídia, Nelson Triunfo e Funk & Cia levaram a dança para as ruas do centro de São Paulo. Enfrentaram a repressão da polícia, que via naquela manifestação um ato de subversão e desobediência civil – corriam os últimos anos de ditadura militar. Em 1984, o breaking passou a ocupar a estação São Bento do metrô, que se tornou o templo do surgimento do hip-hop em São Paulo – e um dos principais focos da cultura de rua no Brasil.
Ao longo do tempo, Nelson Triunfo tornou-se um ícone da cultura hip-hop, mas sua bagagem cultural é muito mais ampla. Ele mesmo se define como um híbrido de Luiz Gonzaga e James Brown. Atualmente, grava seu primeiro disco solo (depois de ter lançado, em 1990, o LP “Se Liga Meu”, com a Funk & Cia), que terá um repertório bastante eclético e com influências que vão do soul e original funk ao hip-hop e reggae, passando por emboladafrevomaracatuforróbaião e outros ritmos regionais brasileiros.
Nelson Triunfo também foi um dos pioneiros nos projetos que utilizam o hip-hop como um instrumento de educação e inserção social, através de oficinas, palestras, debates e outras atividades com crianças e adolescentes, trabalho que desenvolve até hoje. Fruto desta iniciativa, Nelson Triunfo foi um dos responsáveis pelo surgimento, em 1999, da Casa do Hip-Hop de Diadema, projeto em que está envolvido até hoje.
Em maio de 2006, representou o Brasil na Copa da Cultura, em Berlim (Alemanha), que antecedeu a realização da Copa do Mundo. Em 6 de julho de 2008 recebeu das mãos do vereador Chico Macena o Título de Cidadão Paulistano emitido pela Câmara Municipal de São Paulo e, em 7 de outubro do mesmo ano, foi agraciado com a comenda da Ordem do Mérito Cultural, pelo Ministério da Cultura.
A trajetória de Nelson Triunfo será lançada em livro em breve. Escrita pelo jornalista Gilberto Yoshinaga, a biografia do pai do hip-hop brasileiro terá o título "Nelson Triunfo - Do Sertão ao Hip-Hop". Um documentário chamado "Triunfo" também está sendo rodado, com previsão de lançamento para 2012.

B-BOY E UM POUCO MAIS DA ARTE DO HIP-HOP.

    BBoy (pronuncia-se bi-boi) É o nome de quem pratica o break, danca que representa um dos três elementos do Hip Hop – os outros dois são o rap e o grafite. O termo e a abreviação de Break Boying e foi criado no Bronx (bairro de negros e hispânicos de Nova York), na decada de 70, pelo DJ Kool Herc
Break
O break tem esse nome porque os praticantes dançavam na "quebrada" da música. Ou seja, nas batidas que os DJ·s criavam "colando" as faixas do vinil. O gênero sofreu influência do funk - especialmente dos passos de James Brown - e dos filmes de Kung fu
Grafiteiro
Derf (na escada) foi quem mandou bem no grafite. A arte é a expressão visual do Hip Hop. Originou-se em Nova York e na Filadélfia na década de 70 e era bastante usado em protestos e no metrô
Batalha
A competição entre BBoys chama-se batalha. Era disputada por gangues rivais do Bronx. Hoje, há campeonatos nos EUA, Europa, Brasil e até Japão. A batalha acontece entre dois grupos colocados frente a frente. Cada um tem de seis a oito membros e cada disputa dura seis minutos. Ganha quem dançar melhor, de acordo com os juízes
O Som
O grupo, que também pode ser formado por meninas (BGirls), tem roupas e atitudes próprias. A rua é o palco das apresentações. O rádio, um sound-system portátil, toca a trilha sonora (rap)
Moinho
Esse movimento faz parte dos power moves. Além deles, um BBoy de verdade tem de saber executar o top rock, o footwork e o freeze (ver abaixo)
Top Rock
Movimentos ritmados dos pés que funcionam como o cartão de visita do BBoy. É executado na apresentação, quando ele entra na roda, e serve para mostrar o seu estilo
Going Down
Essa parte é a transição do top rock para o footwork. Acompanhando o ritmo da música, o BBoy desce para exibir suas proezas no solo
Footwork
Conhecido também por sapateado, é o trabalho intenso com os pés ao mesmo tempo em que o corpo se movimenta em círculos com o apoio das mãos. É a base do BBoy
Flare
É mais um dos power moves. Bastante parecido com os movimentos dos ginastas. É executado no chão com o apoio das mãos. Os quadris ficam no ar e as pernas, separadas no alto
Freeze
Parada repentina entre uma seqüência de movimentos. Deve durar pelo menos dois segundos. Quanto mais difícil a posição escolhida, maior a nota dos juízes. Os freezes devem ser bem planejados para que não se saia do ritmo